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07 maio, 2016

A longa história de uma árvore morta.

No dia 21 de janeiro 2016 eu fui fotografada nua, morta, seca, disforme com a aparência da morte, nenhum pássaro ousava pousar nos meus galhos, pois eles não tinha vida.
Os insetos eram poucos que se aventuravam a vasculhar meu tronco e galhos, talvez alguns cupins, porque nada havia ali, flores com néctar para as abelhas, borboletas, nada.
Os homens passavam por mim sem me ver ou ficar sob minha sombra, também não existia mais. Eles me ignoravam e por vezes me temiam, a noite minhas silhuetas representavam algo tenebroso e durante o dia o perigo que um dos meus galhos desabassem sobre eles e os ferissem. 
Mas nunca faria isso, enquanto tinha vida, folhas, flores minha alegria é dar-lhes sombra e protege-los do calor e criar o oxigênio para que eles sobrevivam e continuaem a respirar. 
Vejam como estou agora, abandonada e expondo a feiura da morte, aqui inerte apenas sustentada pelo esqueleto podre que antes teve diversas utilidades para tantas espécies de vida. Não sei a causa da minha morte, ainda era jovem, ainda era forte e resistente a falta de chuvas frequente, talvez alguma doença, um fungo, sabe-se lá...
O certo que estou aqui morta e indiferente aos olhares dos homens...  
No dia 19 de abril de 2016, longos quatro meses depois resolveram tirar minha angustia e humilhação exposta ali tanto tempo, até o vento me respeitou, passou por mim com cuidado para que não me transformasse em apenas um tronco feio de madeira retorcido???
Que pena por que os homens nunca enxergam que são as arvores que lhes permitem existir??
QUE PENA... 

Localização da árvore:
 Esquina Rua Piratininga com a Av. Pedro de Toledo-José Bonifácio-SP










Quatro longos meses depois, no dia 19 de abril de 2016 eu já não existo mais: